quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Um ano sem Dra. Zilda Arns


Um ano após o falecimento da médica e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, o pensamento de voluntários de todo o país é um só: continuar o trabalho e honrar a missão deixada pela “mãezinha”, como ela era chamada. As ações não perderam o fôlego, ao contrário, Zilda se tornou uma espécie de refúgio espiritual nas horas de dificuldades. Os números da Pastoral continuam impressionando e transformando milhões de vidas mundo afora. Somente no Brasil, são acompanhados 1,5 milhão de meninos e meninas. Prova de que o legado de Zilda está mais vivo do que nunca.
O filho da médica, Nelson Arns, coordenador-adjunto da Pastoral da Criança, afirma que o primeiro ano de trabalho sem Zilda foi, como ela dizia, “na mais santa correria”. “A agenda dela acumulou com a nossa e ainda houve centenas de homenagens, muitas das quais precisávamos participar pessoalmente”. Ele conta que durante o ano ocorreram muitas dificuldades, mas nenhuma em especial. “Ela preocupou-se muito em deixar uma equipe capacitada para o dia em que viesse a faltar.”
O sentimento das líderes e voluntárias é que agora têm uma missão para cumprir em nome do legado deixado por Zilda Arns. “Achei muito bonito um depoimento de uma líder referindo que não cuidávamos mais de uma semente, e sim de uma árvore cheia de frutos. Deveríamos fazer, segundo ela, esses frutos alcançarem todas as crianças do mundo que sofrem alguma privação”, conta o filho. “Curioso ainda é referirem que sentem sua proteção, do céu. Muitos contam fatos inesperados que ocorreram, em algum momento de angústia ou perigo, e atribuem a ela a ajuda para solucioná-los.”